domingo, 8 de abril de 2007

Mountain bike em Minas


A atleta mineira Érika Gramiscelli deu cerca de 11.000 pedaladas durante as quatro voltas, para vencer a 1a. etapa da Copa Internacional de mountain bike.

Na categoria elite masculina, quem venceu foi o catarinense Ricardo Pscheidt, ele deu seis voltas e girou com 16.000 pedaladas.

Para chegar a estes números de pedaladas, tomamos por base a performance da Érika Gramiscelli, e usamos o seguinte critério:
O circuito no Grande Hotel Ouro Minas de Araxá tem 6.650 metros, com subidas e descidas fortes, subidas e descidas leves, na média, chegamos a conclusão que ela dava cerca de 20 pedaladas em 50 metros.
Dividimos, e o resultado foi de 2.660 pedaladas por volta, vezes as 4 voltas da categoria elite feminina, foram 10.640; e vezes as 6 voltas da elite masculina, resultado 15.960 pedaladas.

Para terminar esta brincadeira com os números; somamos as pedaladas das 18 participantes da elite feminina e os 78 bikers da Super Elite e o resultado foi de hum milhão e meio de pedaladas, durante as duas horas de prova.

Mountain bike internacional

Enquanto as coisas desse nosso Brasil caminham para trás, com pouquíssimas evoluções; é um prazer enorme participar de um evento esportivo de tamanho gabarito, e que vai a cada ano sendo importante para o mountain bike mundial.
Desde o local escolhido, o Complexo do Barreiro em Araxá, que tem tudo a ver com a prática do mountain bike, o prestígio com o número de bikers participantes, atraindo até atletas de outros países; e a presença de um comissário UCI - União Ciclística Internacional.Parabenizamos a organização, Rogério Bernardes e Tadeu Monteiro, aos patrocinadores e apoiadores, e agradecemos a atenção recebida pelo João Perocco, assessor de imprensa da Copa Internacional Sundown de MTB; tivemos muitos prazeres durante os dias 31 de março e 01 de abril na 1a. etapa da Copa;
continuem com essa seriedade e muito sucesso.

O que sera de nós, torcedores do América


Houve um tempo em que o América não caia no buraco, porque era maior que o buraco.
Mas o time encolheu. E o que reduziu o América, além de décadas de resultados ruins?
A falta de percepção de que nenhum clube pode se livrar de gerações de jogadores por qualquer trocado ou deixar a competitividade em segundo plano.
Por décadas o Amériva vem sendo um clube tradicional com times medíocres.
Perdeu torcida, perdeu dinheiro e principalmente, perdeu carisma. Tornou-se mera transição para garotos sonhando com outro futuro ou veteranos buscando a tranquilidade de se encostar num clube sem cobrança. Ambiente fértil para a formação de um grupo com lapsos de profissionalismo – como deixou claro o treinador – e resultados como os que vimos.
O Galo caíu para a 2a. divisão, o Palmeiras e o Botafogo também, o Fluminense chegou a caír para a 3a. divisão; mas saíram do buraco puxados por suas imensas e fiéis torcidas.
Quem vai tirar o América desse buraco?

(cronica lida pelo Bob Faria, no prograna Globo Esporte, BH, em 29/03/2007)

quarta-feira, 4 de abril de 2007

UMA HISTÓRIA AMERICANA COM FINAL TRÁGICO


Em 30 de abril de 1912 nascia o América Futebol Clube, são 95 anos de muitas histórias e títulos importantes; a maior gloria foi o reinado com o Deca-campeonato mineiro, de 1916 a 1925.
O TEMPO PASSA
Era sábado, dia 10 de março de 2007,
um dos dias mais triste que vivi.
Eu estava até animado com a recuperação do América,
achando que no final do campeonato mineiro ia tudo dar certo;
afinal eu tinha assistido o primeiro tempo do jogo
contra o Cruzeiro pela TV, e quando eu saí para fotografar
o América estava ganhando de 1x0.
Voltei para casa e liguei a TV, eram 40 minutos do segundo tempo,
o placar tinha virado contra para 2x1, que tristeza.
Mas olha que aos 46`o jogador do América passa entre os beques do Cruzeiro e quando vai marcar, o cara azul passa o pé por trás.
Expulsão naquele momento é nada para mim.
Aqui abro um parente neste artigo, para pedir a FIFA a revisão das regras. Se futebol tem que privilegiar o gol, num lance deste, o último homem da defesa faz uma falta desclassificante, onde o atacante vai fazer o gol:
além da expulsão é claro, a falta é tiro direto e sem barreira.
Do jeito que está privilegia o infrator.

Mas vamos em frente ao meu desabafo de tristeza.
Eu estava convicto que o América ia vencer o Tupi (de Juiz de Fora) naquele sábado no estádio do Independência; e daí pra frente só vitórias rumo a 2a. divisão do brasileiro.

No meio da tarde daquele sábado, Serginho, um amigo meu, liga pedindo para eu fosse fotografar o casamento de um amigo dele, ás 17 horas.
Caramba, o jogo do Coelhão era às 18h10, então fudeu!
Esperneei, tentei sair fora mas nada, tive que baixar na igreja;
coisa que não faço nunca, foto de casamento.
Cliquei rápido as damas, o noivo e a noiva, e saí fora.

Cheguei no estádio no intervalo do primeiro para o segundo tempo,
como o meu carro não tem rádio, não sabia de nada que estava acontecendo.
Mal passei as roletas, achei a caras dos torcedores meio estranhas, tudo travado,
e, logo logo, um parente me chamou,
Cristiano, pelo amor de Deus, não fotografa nada hoje, que desgraça é esta.
Espantado perguntei, o que que foi bicho?
Nossa nem mesmo um chute o time deu no gol, dois a zero foi pouco para eles, e não acho que tem como virar.
Saí correndo até a entrada do alambrado e olhei o placar:
América 0 x 2 Tupi.
Ali mesmo eu fiquei parado, imóvel, olhando os rostos dos
Americanos; que tristeza.

Bem, estou chegando agora, não tinha assistido nada,
os times voltaram, e eu tinha certeza que ia acontecer a virada.
Bicho, mas o que eu assisti é até difícil de descrever.
Pela importância do jogo e do resultado para o futuro e para a história do América achei que ia ser uma blitz em cima do adversário.

Mas nada disso aconteceu, era bola rodando lá trás, nenhum cara com criatividade, força, nenhum esquema para furar o bloqueio.
Aí comecei a ver outra coisa,
o uniforme é triste, pesado e não tem nada a ver com o glorioso Deca-campeão.
Um time que fez com o Galo o “clássico das multidões”,
um time que o Cruzeiro demorou 60 anos para ultrapassar e ocupar nosso espaço.
Olha eu vi ali o América acabando.
O uniforme é triste como o time,
um tom de verde horroroso,
que nenhuma palheta de um pintor tem aquele tom,
e pior, o preto,
pesado, fardado e que não é das nossas cores; verde limão e preto?
Quequeisso! Que uniforme é aquele.
Aliás me lembro menino, que quando entrava preto no uniforme do glorioso, entrava no calção, e com as meias cinzas, mas a camisa branca com gola verde, aí sim era linda.
Puxa meus olhos brilhavam quando entrava no mesmo Independência e vencia o Galo e a Raposa.
Saí naquele sábado, dia 10 de março de 2007, do Independência com o coração estraçalhado, descida a rua bem devagar, curtindo cada passo, talvez tão cedo não farei mais este trajeto.

Sobra um sonho, para um outro tempo,
quem sabe um dia entre ali um cara feliz para dirigir o
América meu Mineiro, e traga a alegria de volta,
em tons de verde e branco,
o genuíno.